Serviços Públicos / Janeiro 01, 2023

Cia. Paulista de Estradas de Ferro (1877-1971) FEPASA (1971-1998)

Ramal de Descalvado - km 134,515 SP-0967 Altitude: 611,0 m Inauguração: 10.04.1877 Uso atual: sala para uso de computadores (Prefeitura Municipal) (2016) sem trilhos Data de construção do prédio atual: 1891

HISTORICO DA LINHA: Em 1877, a Paulista abria o primeiro trecho, partindo de Cordeiros até Araras, do que seria o prolongamento de seu tronco. Em 1880, a linha, com o nome de Estrada do Mogy-Guassú, atingia Porto Ferreira, na mesma época em que a autorização para cruzar o Mogi e chegar a Ribeirão Preto foi indeferida pelo Governo Provincial, em favor da Mogiana. A linha, então, foi desviada para oeste e atingiu Descalvado no final de 1881, seu ponto final. Em 1916, as modificações da Paulista na área entre Rio Claro e São Carlos, na linha da antiga Rio-Clarense, fizeram com que o trecho fosse considerado como novo tronco, deixando a linha a partir de Cordeiros como o Ramal de Descalvado. Desde o começo em bitola larga (1,60m), ele funcionou para trnes de passageiros até julho de 1976 (Pirassununga-Descalvado) e até fevereiro de 1977 (Cordeirópolis-Pirassununga). Trens cargueiros andaram pela linha até o final dos anos 1980. Abandonado, o ramal teve os trilhos arrancados entre 1996 e 2003.

A ESTAÇÃO:

Inaugurada em 1877 (ver caixa abaixo, de 1877), como ponta de linha, a estação de Araras atendia à então Nossa Senhora do Patrocínio das Araras, com "duas cadeiras de instrucção publica para ambos os sexos. Tem 5.495 habitantes, sendo 2.065 escravos. Vila em 1871. A boa qualidade das terras para a lavoura do café explica o rapido desenvolvimento desta povoação" (M. E. de Azevedo Marques, 1875).

Trens:

Os trilhos haviam chegado três meses antes (ver caixa de 1877 abaixo). O primitivo galpão de madeira foi substituído em 1882, pelo prédio que viria a ser o definitivo, tendo este sido reformado várias vezes, a última delas nos anos 1920, tomando a forma atual. O primeiro prédio a ser utilizado somente como armazém foi entregue em 1887. Em 1924, o segundo armazém foi construído. Os dois prédios ainda estavam no local em 2016. Nos anos 1950, foi construída a avenida Zurita, que ia da cidade à frente da estação. Porém, em 1991, a Nestlé, que tinhas unidades em ambos os lados da rua, conseguiu o fechamento desta, murando a rua. Em troca, ela promoveu a restauração da estação, mas um ano depois ela já estava novamente abandonada, sem conservação da Prefeitura nem da Fepasa. Ao lado da estação foi construída a fábrica da Nestlé, que utilizou a estação para receber óleo combustível até quase 1990. Em 18 de fevereiro de 1977, o trem de passageiros passou por Araras pela última vez, em direção a Cordeirópolis. Depois de fechada, nos anos 1980, a estação foi abandonada. Em pouco tempo, foi completamente abandonada e depredada, sem portas ou janelas, e com paredes internas caídas. Os trilhos foram mantidos até a estação; daí para a frente, em fins de 1998, foram arrancados. Um relato de 04/02/1999, de Rodrigo Cabredo, diz: "As casas de funcionários da Paulista que ficavam na frente da estação de Araras foram quase todas mutiladas. Trocaram as janelas de madeira por modernas e pequenas janelas do tipo "Sasasaki". A mais bonitinha escapou. A estação, então, nem se fala! Como arrancaram os trilhos, a terra ficou nua e o mato cresceu a uma altura de três metros! Isto é que é respeito ao patrimônio". Em abril de 2000, a Prefeitura da cidade desapropriou a área, prometendo a restauração da estação e dos armazéns, mas até março de 2001, a situação continuava de abandono, embora a Prefeitura já houvesse comprado a área efetivamente do inventário da Fepasa, agora nas mãos da RFFSA. Um dos galpões estava sendo usado como centro de eventos, em condições precárias, para lançamento de livros e outras atividades. A área dos trilhos, em frente à plataforma, foi limpa e os trilhos, enferrujados, estavam lá, aparentes. Os trilhos foram finalmente e infelizmente retirados no final de 2002. Pelo leito passava a linha de abastecimento da região. A estação está abandonada como nunca esteve. Os galpões, até aquele dos eventos, estava todo destelhado. O mato crescia dentro e fora dele. Creiam, até três das quatro árvores da praça que fica confinada entre a fábrica da Nestlé e a estação secaram (Ralph Mennucci Giesbrecht - do seu livro "Caminho para Santa Veridiana", Editora Cidade, 2003). No início de fevereiro de 2006, a cobertura da plataforma junto à estação desabou. O fim cada vez mais se aproximava. Em 30 de junho de 2008, os dois galpões ao lado da estação, juntamente com uma das casas de turma ao lado, foram entregues totalmente restaurados, como auditório, centro de exposições e cyber café, respectivamente. Tudo muito bonito. A estação, em ruínas, ao seu lado, estava nesse dia cercada, em início de obras que prometiam restaurá-la totalmente em quatro meses. Demorou mais do que isso, mas saiu: em abril de 2009, estava pronta, mas foi inaugurada oficialmente somente no dia 4 de dezembro desse mesmo ano. (VER FOTOS DA INAUGURAÇÃO DO ANTIGO PÁTIO FERROVIÁRIO RESTAURADO EM 30/6/2008: 1 E 2. VEJA TAMBÉM A INAUGURAÇÃO DE 4/12/2009. VEJA AS CASAS FERROVIÁRIAS DO OUTRO LADO DA ANTIGA ESTRADA DE CONCHAL)
Fonte: http://www.estacoesferroviarias.com.br/a/araras.htm

1 Comentário

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Ricardo Almeida 01 Jan 2023

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